Salut
Eis-me de novo pelas lusas terras, com as baterias um pouco mais carregadas (ou será descarregadas? nunca compreendo bem o efeito das férias em mim). De qualquer modo Paris é sempre Paris venha-se de lá extenuado, exasperado, stressado ou simplesmente preenchido, é uma cidade a que pertenço definitivamente (numa daquelas reencarnações, em que já te disse não acreditar, terei sido por certo parisiense e terei vivido em Montmartre, quase de certeza na Place Emile Goudeau junto ao Bateau-Lavoir, em pleno início de século XX (perdoa-me a soberba da escolha do tempo e lugar mas não me consegui impedir, foi mais forte do que eu possivelmente porque parte de mim se sente permanentemente lá e as vivências seriam mais do que marcantes).
Mas deixo-me de falar de mim e de Paris (sobre Paris teria sempre assunto, sobre mim os tópicos acabarão sempre na efemeridade de umas quantas palavras e por isso restrinjo-me ao momento que vai passando).
Diz-me antes de ti, não tens dado notícias. Sei que deves andar atarefada na eminência da tua viagem e por certo o tempo encurta, acumula-se as minuências que ateimam sempre em aparecer quando tudo já se espera concluído; mas o que seriam as viagens sem tudo isto? já fui de planear tudo mas acabei por desistir, agora preparo apenas o essencial e deixo o resto ao desígnio dos deuses, resta-me sempre algo de novo.
E termino mais uma curta missiva que te escrevo, desta vez de uma biblioteca (o meu acesso à internet em casa teima em não funcionar), constrangido pelo tempo de utilização a que me limitaram.
Fico assim na espera das tuas palavras, antes da tua partida, nem que seja apenas para saber como te encontras.
Beijos
Fico assim na espera das tuas palavras, antes da tua partida, nem que seja apenas para saber como te encontras.
Beijos
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